E lá fui eu! Aeroporto Internacional do Recife rumo a
Portugal, mais de sete horas de voo. Quem falou que consegui dormir? Fila
interminável da imigração, dor de cabeça, sono, por sorte conheci uma
brasileira que estava indo para Roma e foi minha companheira durante as três
horas de espera para o próximo voo. Finalmente depois de tanto atraso
embarquei, a ansiedade era maior porque eu Vincenzo havíamos combinado de nos
encontrarmos em Roma e voar juntos para Palermo (sua cidade). Aeroporto ENOOOOORME! Fiquei rodando até
encontrar meu portão de embarque, olhava para todos os rostos, os que estavam
perto, os que estavam longe e nenhum sinal dele. Entrei no avião, angustiada,
minha cabeça parecia um filme acelerado eu pensava em tudo ao mesmo tempo principalmente
na frase “você é louca”. Fiquei na expectativa até que a porta foi fechada e a
comissária anunciou a decolagem, putz!
Eu chorava sem parar, lembro-me de uma senhora que estava ao meu lado e
me olhava desconfiada (risos) eu não conseguia decorar uma frase sequer em
italiano pra me virar quando chegasse ao aeroporto. Cheguei a Palermo detonada,
não tinha ânimo pra retocar a maquiagem, mal conseguia conduzir a mala. Estava
me dirigindo ao portão de desembarque e lá estava a primeira pessoa diante de
tantas outras, se fazendo visível: meu sogro! Respirei tão aliviada, eu o
abraçava e chorava, então fiquei sabendo que Vincenzo estava em Roma pegando
outro voo para retornar a Palermo. Eu era a esperada e acabei esperando-o.
Uma hora depois Vincenzo desembarcou, nossa, eu tremia de
ansiedade. Olhei pra ele e pensei: ele é tão branquinho, ai meu Deus é menor do
que eu pensei (risos), mas era tão lindo, um cheiro maravilhoso, foi um
encontro lindo, a gente se olhava e era como se estivéssemos juntos a vida
inteira. A família estava acordada a minha espera, todos tão encantadores, mas
depois de tantas horas de voo e peregrinação pelos aeroportos eu só pensava em
cair na cama e dormir uns dois dias direto.
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